A Rua dos Bragas

Percorri esta rua quase todos os dias no caminho para a faculdade. Os pormenores das casas e dos edifícios chamaram-me a atenção durante a minha viagem diária, a levar-me a pensar na história da rua e as pessoas que moravam nela.

Fiquei surpreendida ao descobrir que a rua, em comparação com as outras que ficavam mais perto do centro histórico, era relativamente nova. Segundo a Câmara Municipal do Porto, «os terrenos onde se rasgou esta Rua dos Bragas pertenciam a um casal rústico chamado dos Carvalhos do Monte já referido em documentos da Mesiricórdia do Porto de 1508 --- « casal de Carvalhos do Monte, prez da cidade» à beira da estrada de Braga. Este casal veio, por herança à posse da familia Ribeiro Braga, e incorporou-se na Quinta do Mirante, a que já nos referimos ao tratar do Largo Coronel Pacheco. Foram estes propriétarios que deram o seu apelido à Rua dos Bragas. Não sabemos ao certo quando ela foi aberta, mas não figura ainda na planta do Bairro das Laranjais, de cerca de 1760, nem mesmo ainda na planta redonda, de Balck, em 1813. Vem já porém e com a sua denominação actual, na planta de Costa Lima, de 1839.»75

 


A Rua dos Bragas aos nossos dias, no sítio
da antiga quinta

 


A planta de 1813 de George Balck, com a Quinta dos Bragas, ao lado esquerdo do Campo de Sto. Ovídio (hoje a Praça da República) onde mais tarde será a rua homóloga


A planta de Joaquim da Costa Lima, de 1839, com a Rua
dos Bragas demarcada em cor-de-laranja

   

voltar ao índice das ruas

voltar ao mapa

 


Notas

75 "História das Ruas," Câmara Municipal do Porto < http://www.cm-porto.pt/pagegen.asp?SYS_PAGE_ID=457630&id=569>

Bibliografia